quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

DESCASO COM O CONSUMIDOR - EXPERIÊNCIAS

Por RPH.

Fonte: maiscedomaistarde.arteblog.com.br

É impressionante como cada vez mais as grandes fabricantes - sim, fabricantes, não são “montadoras” - de automóveis instaladas no Brasil estão despreocupadas em atender bem seus consumidores. Não consigo entender a dificuldade em atender bem o comprador, vulgo “quem dá dinheiro”, ou de ter um bom pós-venda. Só em minha família houve vários problemas com veículos comprados zero quilometro ou não. Até pouco tempo pensava que as únicas que conseguiam fugir deste mal eram as japonesas, Honda e Toyota. Mas quando comprei meu Honda Civic 2002 - que é famoso por apresentar folga na caixa de direção - vi que estas também possuem um pós-venda no máximo razoável. Uma concessionária chegou a dizer que meu carro precisava trocar diversas peças da suspensão - dianteira e traseira, com um orçamento de módicos R$3.000,00, e o grande problema, para a troca do pivô deste Civic 2001 até 2006 é necessária a troca de todo o agregado, rolamento e mais alguns parafusos. Em uma breve pesquisa na internet encontrei um boletim técnico da Honda dos Estados Unidos - Service Bulletin 04-079; Honda-tech forum DIY - informando um novo procedimento para a troca do pivô, onde não é necessária a troca de todas as peças que me foram orçadas. A Honda do Brasil desconhece este boletim e afirma que não pode basear-se neste documento emitido no país do Obama. Ou seja, há uma solução, mas a fabricante instalada no Brasil a desconhece. Foi então que meu mundo caiu, parou, quis descer, sério! Desde o primeiro Honda Civic 1998 na família, quando meu pai apaixonado por GM resolveu trocar o “velho” Kadett 1993 por um carro mais novo, eu tinha a idéia de que a Honda não era comum, afinal, é Japonesa! E no dia da retirada daquele Civic 1998, uma surpresa, o carro que foi comprado usado na Kaizen veio com tanque cheio! Na época, calculo que uns R$80 deveriam encher o tanque, mas e o tamanho da surpresa do cliente?! Esta não tem preço. Mas quando chegou minha vez de ter um Honda, esta oportunidade, ou escolha, se tornou uma desilusão, infelizmente.

Mudando um pouco de marca e origens, antes desta desilusão com a Honda vieram os problemas com a Renault, com um Clio RT 1.6 16v, quando bateram na traseira dele, o outro motorista meia-roda fugiu e ficou para mim o prejuízo. Começam então todos os trâmites com seguro. Fiz questão de levar o carro para concerto na concessionária com um orçamento de aproximadamente R$3.500,00, e lá ficou ele esperando um mês a chegada da tampa do porta-malas. E o pior de tudo, eles não iniciam o processo antes da chegada da peça, pelo risco da cor não ficar igual! Como assim? Um pintor de “fundo de quintal” acertou a cor da minha Variant II que tem mais de 30 anos, a concessionária não acerta a cor de um carro que eles mesmos vendem? Um descaso total.

Veio então a Fiat. Comprei meu Fiat 500, em uma semana o rádio parou de funcionar, levei na concessionária e começou o teste de paciência. Esperei dois meses por um rádio novo, neste tempo entrei no PROCON - que nada pôde fazer - e pensei em entrar na justiça, mas acabou chegando o rádio. Apesar da menina responsável pelo atendimento na concessionária ter tido boa vontade e preocupação em solucionar meu problema, a FIAT, a fabricante do carro, pouco fazia, inclusive recomendando que entrasse em contato com a concessionária quando tentava uma solução através do clube L’Unico.

Será que estou exigindo muito?

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